Safra da maçã em Palmas segue tendência nacional com pequena redução

Escrito em 05/06/2025
Ivan Cezar Fochzato

A colheita da maçã de 2024/2025 já terminou em grande parte das regiões produtoras do Brasil. Em Palmas, sul do Paraná, houve redução de 7,5% no volume colhido em relação a safra passada.

Os dados, que servirão de base para o cálculo do Valor Básico de Produção(VBP) pelo Departamento de Economia Rural(DERAL/SEAB),  foram apresentados pelo Diretor Técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, Ivanir Dalanhol, atualmente também Secretário de Agricultura do Município.

Na safra 2023/2024 foram colhidas 7,9 mil toneladas. Neste ano, a área de 262 hectares,  produziu 7,3 mil toneladas. O maior volume foi da variedade Fuji e seus clones, que totalizaram 4,23 toneladas. O impacto negativo  foi na variedade Gala, que possui maior área plantada, que apresentou uma quebra de pelo menos 40% em relação ao volume colhido no ano passado. As variedades precoces, especialmente, com destaque para a Eva também registrou acentuada queda na produtividade, fechando em apenas 429 toneladas.

Conforme explicou o produtor, as cultivares Eva e Gala, foram afetadas pelo frio tardio no ano passado, exigindo aplicações para início da dormência e fortalecimento das plantas. Mais tarde, não tiveram resistência necessária e abortaram os frutos, impactando na carga . A cultivar Fuji, que é de ciclo tardio, não sofreu a variação climática e garantiu boa produtividade.

Apesar do revés, os frutos foram de alta qualidade elevando o preço aos produtores. Entretanto, a escassez no mercado nacional, ocasionou a alta aos consumidores. “Todas as regiões produtoras vinculadas a ABPM,  registraram safra abaixo da expectativa destacou Dalanhol.  Isso, por sua vez,  favoreceu a entrada do produto importado para abastecer o mercado nacional. Por conta do custo de importação, os preços continuam altos nas prateleiras, assustando os consumidores.