A Pastoral do Migrante sugere que as paróquias e comunidades da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão promovam momentos de oração e reflexão sobre a condição do Migrante, neste mês de junho de 2025.
Embora a Semana do Migrante ocorra entre 15 a 22 de junho, a sugestão é que a data de 25 de junho seja destinada para um momento específico com e pelos Migrantes, podendo ser realizado em outra momento conforme a realidade paroquial.
Para a dimensão reflexiva ao tema, a Pastoral apresenta algumas questões norteadoras, como:
- Quais são os rostos e quais as raízes dos migrantes atuais em nossa realidade local?
- Conseguimos realizar uma pastoral de proximidade e acolhida a estes nossos irmãos e irmãs?
- Podemos convidá-los para celebrarmos juntos neste mês de junho?
- Podemos convidá-los para uma refeição juntos neste mês de junho?
- Podemos motivar a comunidade para um gesto concreto em favor dos migrantes?
- Como podemos sensibilizar nossas comunidades recordando-lhes que em nossa história trazemos as marcas da migração e que neste mundo somos todos migrantes.
Também motivada pela Igreja Diocesana, a Questão do Migrante já foi discutida, em 2024, em Audiência Pública na sede da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná -AMSOP. O evento teve como tema central “Migrações atuais no Sudoeste do Paraná”.
Na oportunidade foi apresentado um levantamento mostrando que o Sudoeste paranaense, contexto da Diocese de de Palmas-Francisco Beltrão, abriga cerca de 50 mil migrantes, representando mais de 10% do total de 300 mil migrantes em todo o estado. Os principais países de origem dos estrangeiros na região são Haiti, Venezuela, Bolívia, Paraguai, Colômbia e países da África. Na ocasião, o bispo Dom Edgar Ertl, destacou a importância de refletir sobre as causas e consequências da migração, assim como a necessidade de acolher os migrantes sem preconceitos. LEIA MAIS
A preocupação Diocesana com a questão social do Migrante se orienta no magistério do Papa Francisco, para o Ano Jubilar, onde exorta que “não poderão faltar sinais de esperança em relação aos migrantes, que deixam a sua terra à procura de uma vida melhor para si mesmos e suas famílias. Que as suas expectativas não sejam frustradas por preconceitos e isolamentos! Ao acolhimento, que no respeito pela sua dignidade abre os braços a cada um deles, junte-se a responsabilidade, de modo que a ninguém seja negado o direito de construir um futuro melhor. A tantos exilados, deslocados e refugiados que, por acontecimentos internacionais controversos, são forçados a fugir para evitar guerras, violência e discriminação sejam garantidos a segurança e o acesso ao trabalho e à instrução, instrumentos necessários para a sua inserção no novo contexto social. Possa a comunidade cristã estar sempre pronta a defender os direitos dos ma. Possa a comunidade cristã estar sempre pronta a defender os direitos dos mais frágeis. Que, de modo generoso, abra totalmente as portas do acolhimento, para que nunca falte a ninguém a esperança de uma vida melhor. Ressoe nos corações a Palavra do Senhor que, na grande parábola do juízo final, disse: “eu era forasteiro, e me recebestes”, porque “todas as vezes que fizestes isso a um destes mínimos que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25,35.40).”