O acusado de matar a companheira e ocultar o corpo no município de Palmas, Paraná, será julgado em júri popular na Comarca de Caçador, no Meio Oeste de Santa Catarina. A advogada, Karize Lemos, foi morta em setembro de 2024 e os restos mortais encontrados em novembro daquele ano na região do Horizonte, nos Campos de Palmas.
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Na decisão, o Juízo da Vara Criminal considerou que há indícios suficientes de autoria e materialidade para a pronúncia do réu.
Na denúncia pelo Ministério Público de Santa Catarina, o crime ocorreu entre os dias 28 e 29 de setembro, na residência do casal. Por ciúmes e sentimento de posse, o acusado teria enforcado Karize com uma corda de sisal. A vítima, que se recuperava de uma cirurgia e estava com a saúde debilitada, não teria condições de se defender.
Após o crime, o homem se deslocou para o Paraná há poucos quilômetros da divida com Santa Catarina de mata no município de Palmas, no Paraná, onde deixou o corpo, no dia 8 de novembro, enrolados em um cobertor. A localização foi possível após a análise de dados extraídos de dispositivos eletrônicos apreendidos com o suspeito.
Consta nos autos que áudios, mensagens, imagens e geolocalização ajudaram a apontar o trajeto feito por ele após o homicídio. O acusado foi preso em flagrante na cidade de Guaíra (PR), em posse de diversos pertences da vítima.
O réu vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio, além de ocultação de cadáver. Com a pronúncia, ele será julgado pelo Tribunal do Júri, em data a ser definida. O processo tramita em segredo de justiça.