Após o término do prazo para a regulamentação de motoristas e aplicativos de transporte em Palmas, Sul do Paraná, representantes do setor procuraram o Departamento de Jornalismo da Rádio Club nesta quinta-feira (30), afirmando terem sido orientados pelo próprio Departamento Palmense de Trânsito (Depaltran) a realizar o cadastramento apenas a partir de janeiro de 2026.
Conforme a diretora do Depaltran, Rosemeri Oliveira, o período para que os profissionais se regularizassem encerrava-se nesta quinta-feira (30). A partir desta sexta-feira (31), o município iniciaria as fiscalizações, com possibilidade de aplicação de multas administrativas, sanções e até apreensão de veículos em caso de irregularidade.
Entretanto, de acordo com João Paulo Mazaloti, representante de um dos aplicativos de transporte que atuam em Palmas, motoristas procuraram o órgão em diferentes momentos dos últimos meses, mas não conseguiram efetuar o cadastro. Segundo ele, a orientação recebida dentro do próprio Depaltran era de que o processo seria aberto apenas em 2026.
Ele destacou ainda que as informações divulgadas nesta semana pela direção do órgão, de que nenhum motorista teria procurado o Depaltran para se cadastrar, “não condizem com a realidade”.
A Lei que regulamenta o transporte por aplicativos em Palmas foi publicado no fim de julho e concedeu 90 dias de prazo para regularização das plataformas e dos condutores. Entre as exigências estão o alvará municipal, a vistoria dos veículos e a identificação com adesivo emitido pelo Depaltran – item que, segundo Mazaloti, ainda não foi disponibilizado. Ouça no player abaixo:
O Departamento de Jornalismo da Rádio Club procurou novamente o Depaltran para esclarecimentos sobre as alegações e aguarda manifestação.
Motorista de aplicativo se manifesta
Sobre o assunto, o Jornalismo da Club recebeu uma manifestação de um motorista de aplicativo sobre as condições de trabalho dos profissionais. Pedindo para não ser identificado, ele afirma que as restrições de trabalho em apenas uma plataforma, sem possibilidade de se cadastrar em outras também, têm inviabilizado as atividades. Além disso, o excesso de exigências também impossibilita o devido cadastramento aos órgãos competentes.