A falta de aplicabilidade poderá levar a prefeitura de Palmas, Sul do Paraná, a promover mudanças na Lei que proíbe o uso de sacolas plásticas no comércio, matéria que começa a valer no próximo mês de novembro. Uma revogação da Lei não é negada pelo prefeito Daniel Langaro (PSD).
Em entrevista à Rádio Club nesta segunda-feira (15), Langaro citou um projeto que entrará em estudo, que é a construção de uma usina de pirólise no município, para a transformação do lixo em energia.
Uma usina de pirólise é uma instalação industrial que utiliza altas temperaturas, na ausência de oxigênio, para decompor resíduos orgânicos, como plásticos, pneus e biomassa, transformando-os em gás, óleo e carvão, que podem ser reaproveitados como fonte de energia ou matérias-primas.
Uma empresa de engenharia será contratada pelo município para avaliar a viabilidade da implantação da estrutura no município, utilizando os resíduos que são gerados diariamente pela população. Dessa forma, cita o prefeito, as sacolas plásticas serviriam de combustível para a estrutura.
População de Palmas gera mais de 6,8 mil toneladas de lixo por ano
Sobre a aplicação da Lei que proíbe as sacolas, Langaro questiona se o seu objetivo, de redução de lixo, será alcançado, uma vez que, na falta das sacolas oferecidas principalmente por supermercados, para a utilização doméstica nas lixeiras de suas casas, a população terá que comprar sacos de lixo. “E aí, não resolve o problema”, diz o prefeito.
Proibição das sacolas plásticas no comércio de Palmas começar a valer em quatro meses
Indagado sobre a possibilidade de encaminhar à Câmara de Vereadores um projeto de lei para revogação da matéria, Langaro disse que estão em estudos novas soluções, defendendo o cuidado com o meio ambiente, mas pontuando que é necessário ter uma Lei “o mais aplicável possível”. Acompanhe a entrevista no player abaixo (o Plano Diretor começa a ser abordado no minuto 54 da transmissão):