Abel revela impasse contratual e condiciona permanência no Palmeiras a novos títulos

Escrito em 21/07/2025
Redação Palmeiras - Jogo de Hoje

Técnico diz ter acerto de renovação desde janeiro, mas deseja garantir conquistas antes de assinar até 2027



Abel Ferreira em Palmeiras x Atlético-MG — Foto: Marcos Ribolli

Após mais uma vitória do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, desta vez diante do Atlético-MG, o técnico Abel Ferreira abriu o jogo sobre seu futuro no clube. Em entrevista coletiva no Allianz Parque, o português revelou que existe um novo contrato de dois anos pronto para ser assinado, mas que colocou uma condição essencial para seguir: conquistar mais títulos.

“Estou aqui porque ganhei. E só falta uma cláusula para eu assinar. Se não ganhar títulos posso ir embora”, afirmou Abel. “Desde janeiro que tenho o contrato ao meu lado para assinar. Dois anos de contrato, até 2027. Mas quero estar aqui para ganhar e com jogadores com essa mesma fome.”

Desde que assumiu o comando do time em 2020, Abel jamais passou uma temporada sem levantar uma taça. No ano passado, venceu o Campeonato Paulista. Agora, ele deixa claro que quer manter esse padrão para seguir no comando. Segundo o próprio treinador, a presidente Leila Pereira está disposta a renovar, mas o acordo esbarra em um detalhe que ele faz questão de manter: uma cláusula que o libera sem multa caso o time não conquiste títulos em 2025.

“É um gosto e um orgulho muito grande trabalhar com esses jogadores espetaculares, que treinam até em três períodos se necessário. Trabalhar com a melhor presidente do mundo, a Leila. Em lugar nenhum fui tão bem recebido como no Brasil com a minha família. Mas há uma coisa que me alimenta: títulos. Dinheiro é consequência daquilo que tu faz”, declarou.

Sobre o desempenho recente

Abel também comentou o empate frustrante com o Mirassol e a recuperação diante do Atlético-MG. Segundo ele, houve uma conversa franca com o elenco e uma análise crítica do desempenho anterior. "O maior professor que eu tenho é o jogo", disse. Ele elogiou a resposta dos jogadores e destacou a atuação contra o Atlético como uma das melhores do ano em casa.

Sobre a saída de jogadores e planejamento

O treinador admitiu que já sabia da saída de Aníbal Moreno (Ríos) e explicou o planejamento para reposição.

"Sabíamos disso. Por isso antecipamos o Lucas Evangelista. Se vier mais alguém, ótimo. Se não, vamos resolver internamente", garantiu. Ele ainda ressaltou a capacidade do clube de formar e valorizar atletas: “Uma das minhas funções é pegar jogador de 6 milhões e transformar em um de 30.”

Sobre mudanças táticas e evolução do elenco

Abel abordou o estilo de jogo e as adaptações táticas realizadas, citando inclusive inspirações em equipes europeias.

“Fazemos isso aqui há quatro anos. Futebol já foi inventado. Eu não invento nada. Eu copio tudo.” Também ressaltou a importância de se manter criativo mesmo com as mesmas peças. “Estou com a mesma mulher há anos, mas não pode haver monotonia. No futebol é igual.”

Ele ainda elogiou o jovem atacante Estêvão, dizendo que o jogador tende a evoluir ainda mais com o tempo:

“Quando tiver 24, 25 anos, vai ser uma máquina. Só precisa de tempo e estímulo.”

Sobre críticas e cobranças

Para fechar, Abel foi direto ao falar sobre as críticas que recebe ao longo do tempo.

“Quando me contrataram, não foi só para ganhar títulos. Foi para valorizar o clube, formar jogadores, fortalecer a marca. E é isso que continuamos a fazer.”

Fonte: Jogo de Hoje



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